Pilotto diz que o Paraná não está quebrado e que irá aumentar investimentos públicos

01 de setembro

O candidato do Psol ao governo, Bernardo Pilotto, diz que não acredita nas afirmações de que o estado do Paraná está quebrado e promete aumentar os investimentos públicos. “Não confio na história de que o estado está quebrado. Não é possível que o estado com um dos maiores PIBs do Brasil esteja quebrado. Assim que tomarmos posse vamos auditar as contas e definir uma ampla política de investimentos públicos”, afirmou Pilotto, na noite desta sexta-feira, 22, no Debate Paraná, realizado na sede do Sindicato dos Engenheiros (Senge-PR), em Curitiba.
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Bernardo Pilotto, do Psol, fechou a primeira fase de entrevistas do Debate Paraná. Foto: Alexsandro T. Ribeiro/Senge

No encontro com engenheiros, agrônomos e arquitetos, Pilotto defendeu a manutenção do salário mínimo regional e também que o poder público pague aos profissionais de carreira os pisos previstos em lei. “Não fui à Fiep assinar documento pedindo a redução do salário mínimo regional, como outros candidatos fizeram. Reivindicamos o piso”, frisou.

Bernardo Pilotto disse que, se eleito, irá reforçar o quadro de pessoal do estado com a realização de concursos públicos e a valorização dos servidores de carreira. “Sou funcionário público da UFPR, técnico administrativo. Infelizmente o salário dos engenheiros servidores públicos da universidade não equivale ao que prevê a lei que define o piso profissional de engenharia. Hoje, de cada 10 engenheiros seis abandonam os cargos pelas más condições salariais. Temos o compromisso de valorizar os quadros técnicos. Eu sou um servidor público concursado, assim como o vice na minha chapa e o candidato a senador do nosso partido”, reforçou.

Na opinião do candidato, o esvaziamento das funções técnicas promovidas de forma deliberada pelo estado é o que, muitas vezes, se usa como justificativa para a ocupação desses postos por cargos comissionados. “Reafirmo que é necessário fazer concursos. Dizem que isso vai custar mais ao estado, o que não é verdade, porque pagar serviços de terceiros custa mais caro do que reequipar o estado em suas funções técnicas”, completou.

Déficit habitacional – Ao tratar da questão da moradia, Bernardo Pilotto defendeu uma política para a utilização de imóveis ociosos. “Entendemos que quando morar é um privilégio, ocupar é um direito. Digo isso questionando a existência de imóveis inteiros vazios enquanto há pessoas sem casa. Esses prédios poderiam ser destinados à habitação social como ocorreu em São Paulo. Do contrário é um modelo que privilegia a especulação imobiliária”, disse o candidato que defendeu também o aumento do percentual de investimento da Cohapar em moradias de interesse social.

Política agrária e agrícola – A diversificação da produção é necessária para impulsionar o setor agrícola na opinião de Pilotto. Segundo ele, há situações nesta área em que repetimos o que era feito no século XIX em nosso país. “Naquela época a economia nacional era baseada na monocultura, exportação e no latifúndio. Ainda hoje estamos exportando produto primário para importar o terciário. Temos que investir na Emater, no IAP, abrir concursos e ter papel ativo na questão da reforma agrária para que haja uma produção mais diversificada.”

Ao ser consultado sobre os desvios de função nos cargos públicos, Bernardo Pilotto condenou as nomeações feitas com caráter político e não técnico. “O preço disso é a divisão do estado em uma espécie de comércio de cargos e funções. Nós apostamos na valorização do servidor público, aquele servidor que está há anos esperando uma oportunidade de ascensão, mas vem uma indicação política, externa à empresa e lhe tira o cargo”, destacou.

Ao fechar o debate, Bernardo Pilotto destacou o espaço aberto no Debate Paraná para a exposição das suas propostas. “É muito importante poder contar com um espaço igualitário nessa campanha, o que não tem acontecido em outros locais. Para mim é uma honra participar deste debate. É simbólico estar aqui no Senge onde participei de várias reuniões contra as privatizações e em defesa do interesse público. O sindicato é uma referência para todos nós”.

O Debate Paraná voltará a ser realizado no próximo dia 1º de setembro, com a presença do candidato do PRP ao governo do Paraná, Ogier Buchi, das 20h às 21h30, na sede do Senge-PR em Curitiba, com transmissão ao vivo pela internet no endereço www.senge-pr.org.br/debateparana e retransmissão pelo www.portalparana.com.br

Confira a agenda da segunda fase do Debate Paraná

1º de setembro, Ogier Buchi (PRP)

2 de setembro, Beto Richa (PSDB)

3 de setembro, Rodrigo Tomazini (PSTU)

4 de setrmbro, Geonísio Marinho (PRTB)



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