11.º Consenge | Ensino da engenharia e recursos naturais são temas do primeiro dia do encontro regional

Senge Paraná
02.JUN.2017

Começou nesta sexta-feira (2) o encontro preparatório do Paraná para o 11.º Congresso Nacional de Sindicatos de Engenheiros (Consenge). O objetivo do encontro regional, que seguirá com programação também neste sábado (3), é reunir propostas do estado para o evento nacional, a ser realizado de 6 a 9 de setembro.

Evento reúne cerca de 70 debatedores para formulação de propostas para o Congresso Nacional de Sindicatos de Engenheiros (Consenge)
Evento reúne cerca de 70 debatedores para formulação de propostas para o Congresso Nacional de Sindicatos de Engenheiros (Consenge)

Sob o tema “Resistir! Em defesa da engenharia e da soberania nacional”, o evento nacional congregará dirigentes de sindicatos de engenheiros de vários estados do país em Curitiba, sob promoção da Federação Interestadual de Sindicato de Engenheiros (Fisenge).

Para o presidente do Senge, à frente na condução do encontro paranaense, há uma responsabilidade redobrada não apenas pela contribuição para um debate de questões fundamentais para o desenvolvimento nacional, mas também pelo fato de sediar o encontro nacional.

Responsabilidade em oferecer proposta que referenciem e proponha avanços nos debates do encontro nacional, afirma Bittencourt
Responsabilidade em oferecer proposta que referenciem e proponha avanços nos debates do encontro nacional, afirma Bittencourt

 

“Historicamente o Paraná tem uma participação forte nos eventos, apresentando sempre propostas ricas para os debates e para as formulações de diretrizes de políticas de ações para a Fisenge e para o cenário da engenharia nacional. Com a grande responsabilidade e honra de sediar o Consenge, neste ano vamos intensificar ainda mais os trabalhos prévios para propor contribuições para o debate nacional”, afirma Bittencourt.

O evento preparatório ao encontro nacional é promovido pelo Senge, com participação de cerca de 70 sindicalistas de todas as regionais da entidade, de integrantes do Senge Jovem e associados do Sindicato. Presente na abertura do encontro, o presidente da Fisenge, Clovis Nascimento, apontou a importância da participação do Senge Paraná com as propostas para o encontro nacional.

 

"O extrato de cada trabalho é que vai nortear e alavancar o Consenge em setembro aqui em Curitiba", defende Clovis Nascimento, presidente da Fisenge
“O extrato de cada trabalho é que vai nortear e alavancar o Consenge em setembro aqui em Curitiba”, defende Clovis Nascimento, presidente da Fisenge

“O nosso congresso é diferenciado, na medida em que se restringe a delegados e delegadas, onde nós, a partir dessa discussão prévia feita em cada sindicato da base da Fisenge, o extrato de cada trabalho é que vai nortear e alavancar o Consenge em setembro aqui em Curitiba. Então é certo que a contribuição do Paraná e de todos os seus dirigentes e profissionais é da mais alta importância para o sucesso do nosso encontro nacional”, aponta Clovis.

Nos debates desta sexta-feira (2), os temas principais serão Proteção Social e do Trabalho -com subtemas sobre organização e formação sindical e o ensino da engenharia- e Desenvolvimento e a Soberania Nacional – com subtemas do papel da engenharia no desenvolvimento sustentável e sobre recursos naturais e serviços públicos como fatores de soberania nacional. No sábado (3), os temas de orientação serão sobre políticas públicas com visão soberana e resistência social e sindical.

Ao final dos dois dias de debates, serão definidas as propostas estaduais e eleitos os delegados do Senge-PR que representarão o Paraná no evento nacional
Ao final dos dois dias de debates, serão definidas as propostas estaduais e eleitos os delegados do Senge-PR que representarão o Paraná no evento nacional

 

Confira abaixo algumas provocações aos debates desta sexta-feira (2) feitas pelos facilitadores responsáveis pelos eixos temáticos do primeiro dia do encontro estadual.

“O tema do ensino da engenharia está associado e vinculado à articulação de lutas e a defesa da questão do ensino superior público e gratuito de modo geral. A gente vem sofrendo restrições, limitações do ponto de vista orçamentário, de direitos e esse contexto do governo Temer tem produzido essa situação em diferentes áreas, nas reformas trabalhistas e previdenciária, e no caso do ensino superior temos passado por isso”, aponta para o debate o diretor do Senge e professor da Universidade Federal do Paraná, José Ricardo, propondo ainda uma discussão sobre o risco do aumento da mercantilização do ensino e a privatização do ensino superior
“O tema do ensino da engenharia está associado e vinculado à articulação de lutas e a defesa da questão do ensino superior público e gratuito de modo geral. A gente vem sofrendo restrições, limitações do ponto de vista orçamentário, de direitos e esse contexto do governo Temer tem produzido essa situação em diferentes áreas, nas reformas trabalhistas e previdenciária, e no caso do ensino superior temos passado por isso”, aponta para o debate o diretor do Senge e professor da Universidade Federal do Paraná, José Ricardo, propondo ainda uma discussão sobre o risco do aumento da mercantilização do ensino e a privatização do ensino superior
“No Brasil e no mundo, num cenário de ataque aos direitos trabalhistas, exige-se um processo de organização e fortalecimento cada vez maior das entidades de representação e luta dos trabalhadores como sindicatos, movimentos sociais e partidos ligados à causa dos trabalhadores. As entidades precisam desse fortalecimento para fazer o enfrentamento a essa avalanche de golpes que os trabalhadores vêm sofrendo com políticas neoliberais e ações que visam atender aos interesses empresariais e rentistas”, afirma o diretor-financeiro do Senge e coordenador do Senge Jovem, Cícero Martins Júnior, em provocação ao debate sobre a resistência sindical e social.
“No Brasil e no mundo, num cenário de ataque aos direitos trabalhistas, exige-se um processo de organização e fortalecimento cada vez maior das entidades de representação e luta dos trabalhadores como sindicatos, movimentos sociais e partidos ligados à causa dos trabalhadores. As entidades precisam desse fortalecimento para fazer o enfrentamento a essa avalanche de golpes que os trabalhadores vêm sofrendo com políticas neoliberais e ações que visam atender aos interesses empresariais e rentistas”, afirma o diretor-financeiro do Senge e coordenador do Senge Jovem, Cícero Martins Júnior, em provocação ao debate sobre a resistência sindical e social.
“Dentro da questão da engenharia e o desenvolvimento sustentável, devemos olhar para a questão, dentre outras, da produção de alimentos e a soberania alimentar. Qual engenharia e responsabilidade em um cenário com riscos cada vez maior para a saúde na consolidação de um mercado em que o Brasil aumenta cada vez mais sua participação em produção de agrotóxico? Não temos um estudo sobre os efeitos da exposição e ingestão de mais de um princípio ativo no alimento. Qual é a ação disso no corpo humano, sobretudo quando em ingestão diária?”, questiona o diretor do Senge, Marcos Valério Andersen, em provocação ao debate sobre soberania alimentar
“Dentro da questão da engenharia e o desenvolvimento sustentável, devemos olhar para a questão, dentre outras, da produção de alimentos e a soberania alimentar. Qual engenharia e responsabilidade em um cenário com riscos cada vez maior para a saúde na consolidação de um mercado em que o Brasil aumenta cada vez mais sua participação em produção de agrotóxico? Não temos um estudo sobre os efeitos da exposição e ingestão de mais de um princípio ativo no alimento. Qual é a ação disso no corpo humano, sobretudo quando em ingestão diária?”, questiona o diretor do Senge, Marcos Valério Andersen, em provocação ao debate sobre soberania alimentar

 

 

“No cenário regional e nacional há um desmonte de entidades ambientais com a falta de concursos e precarização, com ataques ao meio ambiente, que é um direito fundamental, e o desempoderamento de órgãos públicos ambientais. Temos como exemplo desmonte de órgãos, aprovação de novo licenciamento ambiental com propostas empurradas pela bancada ruralista no Ministério do Meio Ambiente, que tira licenciamentos fundamentais que faz com que o país fique à mercê de empresas como a Samarco, com risco de novos desastres ambientais e perdas gravíssimas”, indica como ponto de partida para o debate sobre sustentabilidade a engenheira florestal e diretora do Senge, Cláudia Sonda.
“No cenário regional e nacional há um desmonte de entidades ambientais com a falta de concursos e precarização, com ataques ao meio ambiente, que é um direito fundamental, e o desempoderamento de órgãos públicos ambientais. Temos como exemplo desmonte de órgãos, aprovação de novo licenciamento ambiental com propostas empurradas pela bancada ruralista no Ministério do Meio Ambiente, que tira licenciamentos fundamentais que faz com que o país fique à mercê de empresas como a Samarco, com risco de novos desastres ambientais e perdas gravíssimas”, indica como ponto de partida para o debate sobre sustentabilidade a engenheira florestal e diretora do Senge, Cláudia Sonda.
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