25 de novembro marca início dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher

Campanha termina no Dia Internacional dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro

Foto: Leandro Taques
Comunicação
25.NOV.2019

Por Paula Padilha/Porém.net

25 de novembro é o Dia internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, data em memória ao assassinato de três irmãs dominicanas, Pátria, Minerva e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas”.

O dia foi escolhido durante o I Encontro Feminista da América Latina e do Caribe, realizado em Bogotá, na Colômbia, em 1981, em homenagem as três irmãs ativistas políticas e como inspiração para a luta por mais justiça social e por um mundo sem violência contra a mulher.

No Brasil, a data também marca o início dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher, com um calendário que passa também pelo Laço Branco, em 6 de dezembro, Dia Nacional e de Mobilização Estadual dos Homens Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, e se estende até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Na próxima segunda-feira, 2 de dezembro, o mandato da deputada estadual Luciana Rafagnin promove na Assembleia Legislativa do Paraná o seminário “Políticas Públicas para as Mulheres: Conquistas e Desafios”, no plenarinho.

“A violência contra Mulheres e meninas é um grave problema social e a cultura define os graus de aceitação dessa violência. Precisamos de punir e erradicar todo tipo de violência contra a mulher e todo dia deve ser dia de lutar contra a violência de gênero”, defende Vandira Martins Oliveira, diretora da Secretaria da Mulher da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-CUT-PR).

“Neste ano de 2019, até o dia 22 de novembro, a Câmara Federal registrou 279 projetos de lei que tratam de violência contra a mulher, 564% a mais em relação aos 42 registrados em 2018. Isso é reflexo da luta contra a violência e os números alarmantes de crescimento dessa violência registrados de lá para cá. Não se cale, denuncie!”, diz.

Laço Branco – Em 1989, um homem entrou numa sala de aula, na Escola Politécnica de Montreal, no Canadá, portando uma arma. Falou para os homens da turma se retirarem e atirou contra as mulheres. O ato resultou em 14 mulheres assassinadas, pelo simples fato de serem mulheres. Além do feminicídio, outras 10 mulheres ficaram feridas.

O Dia da Mobilização Estadual dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres se tornou a Lei Estadual 19.719 em 2018, por iniciativa do deputado Professor Lemos (PT). Neste ano, a Assembleia Legislativa do Paraná promove audiência pública na terça-feira, 03 de dezembro, para criação da Frente Parlamentar dos Homens pelo Fim da Violência Contra as Mulheres.

Coletivo de Mulheres Engenheiras lança campanha de combate à violência contra a mulher

25 de novembro: dia internacional de combate à violência contra a mulher. O Brasil registra 1 caso de violência contra a mulher a cada 4 minutos, de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan/Ministério da Saúde). A data, reconhecida pela ONU desde 1999, lembra a memória e a luta de três irmãs ativistas políticas latino-americanas (Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal) que, em 1961, foram brutalmente assassinadas pela ditadura de Leonidas Trujillo, na República Dominicana. Com o objetivo de denunciar a dimensão do feminicídio e toda forma de opressão, o Coletivo de Mulheres da Fisenge produziu uma campanha no âmbito dos 16 dias de ativismo pela não violência contra a mulher. Entre os temas estão os diferentes tipos de violência como patrimonial, sexual, virtual, simbólica, psicológica e física. “O Brasil está em 5º lugar no ranking internacional de feminicídio, enquanto as políticas de combate à violência estão sendo desmontadas no país. Para além de uma campanha pedagógica, precisamos fortalecer as instâncias públicas e as legislações como a Lei Maria da Penha”, afirmou a engenheira e diretora da mulher da Fisenge, Simone Baía.

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