Copel propõe manter PLR e ajustar metas

Senge Paraná
08.MAIO.2019
Primeira rodada de negociações discutir a participação nos lucros. Foto: Manoel Ramires
Primeira rodada de negociações discutir a participação nos lucros. Foto: Manoel Ramires

Os sindicatos que representam os trabalhadores da Copel e Copel Telecom se reuniram com a direção da empresa para debater o PLR, banco de horas e segurança do trabalho. A discussão contou com a participação do vice-presidente do Senge-PR, Leandro José Grassmann. Uma nova rodada de negociações está agendada para o próximo dia 16 de maio.

A Copel apresentou os dados referentes aos resultados dos indicadores de 2018, que definiram o montante a ser pago a título de PLR. Em balanço apresentado na reunião, foi informado que a Copel obteve lucro bilionário. Houve geração de caixa de R$ 3,14 bilhões em 2018. Em 2017 a geração de caixa foi de R$ 2,8 bi. O lucro líquido chegou a R$ 1,4 bilhão. Isso resultou em R$ 87 milhões pagos na divisão dos lucros, sendo R$ 10,5 mil por pessoa. Esse valor representa 25% da divisão dos lucros do valor pago aos acionistas, que é o máximo permitido pela lei. Em 2017, o valor tinha sido de R$ 7,8 mil.

Em relação a Copel Telecom, o lucro caiu de R$ 134 milhões em 2017 para R$ 110 milhões em 2018. O que representa uma queda de 18%. A redução no lucro se deve principalmente a desativação de clientes. Já a Compagas teve lucro de 235 milhões em 2017 contra 96 milhões em 2018.O lucro de 2017 se deve a uma situação atípica em função de um contrato com a Petrobras. Já o valor de 2018 está dentro da média histórica. Os dados são públicos e estão no site da Copel.

Diante desses números, a proposta para 2019/2020 é manter os indicadores do acordo coletivo de trabalho, ajustando apenas as metas. Modelo que é bem recebido pelos sindicatos diante da possibilidade de a empresa seguir crescendo. As metas devem ser apresentadas na reunião do dia 16 de maio.

Balanço mostra distribuição dos lucros
Balanço mostra distribuição dos lucros

Banco de horas

Não houve acordo entre as entidades a respeito do banco de horas e o assunto será retomado na próxima reunião. O primeiro encontro debateu o modelo sugerido pela empresa. Os sindicatos apresentaram suas ponderações e contra argumentaram. Os principais questionamentos abordam a periodicidade em que o banco de horas será “zerado”, teto a ser incluído no modelo, proporcionalidade das horas a serem incluídas e condições de compensação. A Copel tomou conhecimento das sugestões e no dia 16 de maio retoma o debate.

Segurança do trabalho

Foi feita apresentação com relação a segurança do trabalho e saúde do trabalhador. Dos 7611 empregados, 1655 desempenham atividades relacionadas à segurança do trabalho, sendo 638 nas Cipas e 697 em brigadas de incêndio.

Com relação a saúde do trabalhador, em 2018 foram apresentados 13234 atestados. Desses, 17% tratam de doenças respiratórias e 14% doenças osteomuscular (1980 atestados).

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