DER-PR corrige placa em homenagem a engenheira Enedina Alves

Senge-PR e deputado Goura acionaram Departamento para identificação correta

Placa da Rodovia Engenheira Enedina Alves Marques
Comunicação
13.AGO.2021

✊👷🏿‍♀️ COLETIVO DE MULHERES – Agora sim. Quem passar pela PR-340 entre Cacatu e Cachoeira de Cima vai se deparar com o nome correto da Rodovia: Engenheira Enedina Alves Marques. A nomeação aprovada no Projeto de Lei 20.289, de 12 de Agosto de 2020, dos deputados estaduais Goura Nataraj (PDT) e  Do Carmo (PSL) havia sido executada de forma equivocada, excluindo a profissão de Enedina, pioneira como a primeira engenheira do Paraná e a primeira engenheira negra do Brasil. A correta nomeação partiu de ofícios encaminhados pelo Coletivo de Mulheres do Senge-PR, do CREA-PR, de outras entidades, e do mandato do deputado Goura.

No fim de junho, o Coletivo de Mulheres do Senge-PR entrou em contato com o deputado autor do projeto e solicitou a adequação da homenagem conforme o estabelecido na lei. Foi encaminhado também um ofício ao Departamento de Estradas e Rodagens do Paraná. 

“Por se tratar de uma homenagem a uma profissional é fundamental que a sua profissão esteja corretamente identificada no nome da rodovia para que os cidadãos trafeguem por essa importante rodovia tenham a correta informação sobre quem foi a Engenheira Enedina Alves Marques. Assim como ocorrem as corretas denominações em outras Rodovias estaduais como Rodovia Governador Parigot de Souza, Rodovia Deputado Benedito Lúcio Machado, Rodovia Engenheiro Tancredo Benghi, entre outros”, destaca a mensagem encaminhada ao diretor-presidente Fernando Furiatti Saboia.

Com a correção, o Senge-PR agradece o apoio do deputado nesse importante reconhecimento. “O Coletivo de Mulheres do Senge-PR agradece o apoio do Deputado Goura nessa nossa luta por igualdade de gênero. Reconhecer a formação da engenheira Enedina Alves Marques, primeira mulher a se formar em engenharia no Paraná e primeira engenheira negra do Brasil, é fundamental para servir de inspiração para jovens mulheres. São conquistas históricas que precisam ser reconhecidas pela sociedade! A Engenheira Enedina é um ícone para nós mulheres engenheiras e reconhecê-la é importante para que novas Enedinas ingressam nos cursos de Engenharia”, avalia Ágatha Branco Santos, Engenheira Cartógrafa e de Agrimensura, e diretora do Senge-PR.

Goura também comemora a descrição da profissão de engenheira no trecho entre Cacatu e Cachoeira de Cima. “A lei aprovada na Alep definia o trecho como  Rodovia Engenheira Enedina Alves Marques. A placa instalada inicialmente, por negligência, esqueceu de colocar a qualificação profissional da Enedina. Graças a essas movimentações das entidades, conseguimos a correção. É mais uma vez um reconhecimento da história da Enedina. Ela contribuiu muito para a construção Parigot de Souza. Que a sua história inspire todas as mulheres a ocuparem os postos de trabalho e de poder”, incentiva.

Enedina Marques, pioneira da engenheira do Paraná e primeira mulher negra do Brasil a se formar em Engenharia. Foto: Arquivo/Alep

Primeira engenheira

Enedina Marques foi a primeira mulher a se graduar em Engenharia Civil no Estado do Paraná, em 1945, na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Além disso, foi a primeira mulher negra no Brasil a se formar em engenharia e a primeira mulher a ter essa graduação.

Foi justamente o projeto de aproveitamento das águas dos rios Capivari e Cachoeira para a construção da usina que é reconhecido como o seu maior feito na engenharia, enquanto trabalhou no Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica do Paraná da Secretaria de Estado de Viação e Obras Públicas. Ela também trabalhou no desenvolvimento do Plano Hidrelétrico do Paraná em diversos rios do estado.

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