Em ofício aos deputados, Senge defende a manutenção da Escarpa Devoniana

Senge Paraná
04.SET.2017

Uma área de formação geológica de proteção ambiental equivalente a 266 mil campos de futebol está em risco de ser extinta. Tal área equivale a 70% da Escarpa Devoniana, e está sob risco de ter seu valor ambiental desconsiderado se aprovado projeto de lei (PL) que tramita na assembleia paranaense. O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR) é contra esse ataque ao patrimônio ambiental dos paranaenses.

Em ofício enviado aos 54 deputados da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) na última sexta-feira (1.º), o Senge aponta o prejuízo de aprovação do projeto para o meio ambiente e para a população paranaense. Repudiando o teor do PL e pedindo que cada parlamentar vote contra o projeto, o Senge denuncia o fato de que a medida atende aos interesses privados de empresas do agronegócio, em detrimento ao meio ambiente.

"Abrir este espaço para exploração mineral e hidráulica certamente degradará tais áreas", critica o presidente do Senge, engenheiro agrônomo Carlos Roberto Bittencourt
“Abrir este espaço para exploração mineral e hidráulica certamente degradará tais áreas”, critica o presidente do Senge, engenheiro agrônomo Carlos Roberto Bittencourt

“A área da Escarpa Devoniana é um patrimônio nosso, e tamanha é sua dimensão que abrange doze municípios do sul ao norte pioneiro do Paraná. Abrir este espaço para exploração mineral e hidráulica certamente degradará tais áreas. E não é apenas uma entidade dizendo isso. Há um processo de tombamento da área no Ministério Público. Órgãos do governo, prefeituras e lideranças saem em defesa do espaço. Municípios podem perder receita do repasse do ICMS ecológico. E tudo isso para atender um jogo econômico que beneficiará o setor do agronegócio”, critica o presidente do Senge, engenheiro agrônomo Carlos Roberto Bittencourt.

No ofício aos deputados, o Senge critica a clara influência das forças políticas e econômicas, interessadas principalmente na exploração mineral, de energia eólica e hidráulica na aprovação do projeto. “Não aceitaremos a negociação desse patrimônio natural em nome de interesses privados”, defende a entidade e no documento direcionado aos parlamentares.

Entidade compromissada com a sua categoria e com a população, o Senge não será omissa diante de uma ação que prejudicará o patrimônio ambiental dos paranaenses, em riquezas que abrangem áreas como o Buraco do Padre, em Ponta Grossa, e do Cânion Guartelá, em Castro, entre tantas outras belezas naturais do Paraná.

Ao destacar o posicionamento da entidade em defesa da Escarpa Devoniana, o Senge, no ofício, solicita aos deputados que assumam o mesmo compromisso com a proteção ambiental do Paraná, e acentua que “diante de inúmeras ameaças ao meio ambiente, a atuação dos representantes da população deve ser em garantir o interesse público e de todos em primeiro lugar, em nome das gerais atuais e futuras”.

Clique aqui e baixe a cópia do documento.

 

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