Inflação atinge 8,99% com efeito da alta da energia elétrica

INPC tem a maior alta na região metropolitana de Curitiba por causa da Copel

Foto: Guilherme Pupo
Comunicação
10.AGO.2021

O IBGE divulgou o IPCA para o mês de julho registrando alta de 0,96%. Essa é a maior variação para um mês de julho desde 2002. Com isso, o índice chegou a 8,99% no acumulado dos últimos meses. Já o INPC, que é utilizado em negociações, está em 9,85%. A alta em julho foi de 1,02%. Mais do que o dobro do registrado em julho do ano passado, que ficou em 0,44%. O encarecimento da energia elétrica é apontado como principal fator para essas altas, com maior impacto em todo o país para a região metropolitana de Curitiba.

De acordo com o IBGE, o grupo com maior alta foi habitação, “influenciado pela alta da energia elétrica (7,88%), que acelerou em relação ao mês anterior (1,95%) e registrou o maior impacto individual no IPCA de julho (0,35 p.p.). A bandeira tarifária vermelha patamar 2 vigorou nos meses de junho e julho”.

Em relação aos índices regionais, o maior índice foi registrado na região metropolitana de Curitiba (1,60%), influenciado pelas altas nos preços das passagens aéreas (39,92%) e da energia elétrica (11,34%).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também apontou a região metropolitana de Curitiba com a maior variação (1,82%), influenciada pela energia elétrica (11,68%) e pelos automóveis usados (3,13%).

Copel puxa a inflação no Paraná

No fim de junho, a ANEEL autorizou a Copel a reajustar a tarifa em 8.97% a partir do dia 24 daquele mês. Para empresas, o reajuste autorizado foi de 10,04%. Esse reajuste foi o maior desde 2018 e reflete acumulo de outros reajustes não realizados ao longo de 2020, quando o Governo do Estado decidiu suspender os aumentos.

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