Maioria nas urnas, mulheres ocupam ⅓ nas candidaturas e são minoria entre eleitos

Disputa prevê cota para candidatura, orçamento e exposição, mas não prevê para cargos

Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados
Comunicação
26.OUT.2020

Nas últimas eleições, em 2018, as mulheres representavam 52,5% do eleitorado. Houve um crescimento em relação a 2016, quando eram 52,21% das aptas a votar. O aumento do eleitorado refletiu no aumento da representação, contudo, são números muito tímidos.

Em 2016, apenas 13,43% das eleitas eram mulheres. Quantidade que cresceu para 16,11% em 2018. Na eleição presidencial e de estados já tinha sido incluída a regra de pelo menos 30% das candidaturas partidárias serem preenchidas por mulheres. A regra se mantém para 2020, com verba exclusiva também dedicada às candidaturas femininas.

A próxima eleição apresenta recorde de candidaturas femininas. Dos 526 mil pedidos de registro, 176,5 mil são de mulheres. Isso representa 34% das candidaturas e reflexo da criação da política de cotas na disputa.

Por outro lado, a falta de cotas para ocupar cargos e – talvez – o engajamento não coloca as mulheres entre a maioria dos postos de decisão. Em 2016, apenas 11% (636) mulheres assumiram prefeituras. O cargo foi ocupado por mais de 4,8 mil homens. Na vice, apenas 791 mulheres. Nas câmaras municipais, 50 mil homens foram eleitos contra 7,8 mil mulheres (14%).

Paraná

No estado, as candidaturas femininas nas eleições deste ano representam 33,6% do total de registros para o pleito. Em Curitiba são 1.187 candidatos à vereança da cidade. Deste número, apenas 395 são mulheres. Na disputa pela prefeitura da cidade estão 6 mulheres na cabeça de chapa e 7 vices.

SAIBA MAIS

Dados de mulheres na política (TSE)

Participação feminina na política (OAB-PR)

Vídeo: A cota e orçamento para mulheres nas eleições

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