Ogier Buchi diz que irá dobrar o investimento público do Estado

Senge Paraná
01.SET.2014

Em entrevista ao Debate Paraná na noite deste 1º de setembro, o candidato do PRP ao governo, Ogier Buchi, disse que se eleito irá dobrar a capacidade de investimento público do Estado. “Jaime Lerner investiu 5%, Requião, 5% e Carlos Alberto Richa, outros 5%. Minha a meta é dobrar esse número. Com os objetivos que tracei para o Estado terei 10% para investimentos dentro de um orçamento de R$ 35 bilhões. Serão 3,5 bilhões de investimento público já para 2015”.

“Terei 10% para investimentos dentro de um orçamento de R$ 35 bilhões. Serão 3,5 bilhões já para 2015”. Foto: Alexsandro Ribeiro/Senge-PR

Para alcançar as metas do seu plano de governo, Buchi disse que, entre outras ações, pretende reduzir o custo da máquina pública com a diminuição do número de secretarias e cortar cargos em comissão. “Vou eliminar assessores e governar com quatro secretarias: a Secretaria de Gerência Pública; de Qualidade de Vida, Investimento Sustentável e de Segurança”.

Na entrevista na sede do Senge-PR, o representante do PRP na disputa pelo governo paranaense defendeu a valorização das carreiras técnicas, como engenharia e arquitetura. Questionado pelo presidente da Associação dos Engenheiros Cartógrafos, Juan Carlos Gironda Mamani, sobre “a proposta para tirar do fundo do poço a engenharia pública do Estado”, Ogier Buchi disse que a sua ação será a de suporte aos servidores.

“Acredito em meritocracia e trabalho. Sabemos que os cargos em comissão têm uma característica política com remuneração que supera em muito o piso dos engenheiros e arquitetos. Vou diminuir de forma radical os cargos em comissão, valorizar os profissionais do Estado e oferecer cursos de reciclagem e qualificação. No meu governo haverá promoções horizontais e verticais para os servidores”, prometeu.

Sobre a afirmação da candidata Gleisi Hoffmann de que há poucos projetos do Paraná enviados ao governo federal, Ogier Buchi atribuiu o problema à carência de profissionais de engenharia e arquitetura nos quadros públicos. “São 399 municípios no estado e somente a metade tem engenheiros. Quando tem, conta com apenas um profissional. Outro problema é a remuneração, porque não se cumpre a lei”, observou .

Buchi criticou também o desvio de função que para ele “é uma desgraça que a política traz pro estado”. “A tal governabilidade é sinônimo de mensalão. É o sinônimo da transformação de um cargo público em um posto utilizado para benesse própria e na transformação do Legislativo em um poder subserviente ao Executivo. É impossível fazer uma sopa de letras partidária e acreditar em executar um projeto de Nação”.

Sobre o não cumprimento pelo Estado da recomendação feita pelo Ministério Público à Sanepar, em 24 de abril deste ano, para que a empresa extinga cargos em comissão criados de forma ilegal Buchi considerou como um ato lastimável. “O ministério Público falou, está falado. Por conta disso, prego uma enorme reforma administrativa no estado e em todas as empresas, mesmo aquelas que têm ações em bolsa. Como já disse, o meu compromisso é valorizar os quadros técnicos. Vou ter pessoas da Sanepar na Sanepar e da Copel na Copel”.

Acionistas da Copel e Sanepar – Ogier Buchi condenou o uso de empresas públicas, como Copel e Sanepar, para o benefício de acionistas. “A Copel oferece ao cidadão paranaense uma surpresa desagradabilíssima. Fui pagar a conta de luz hoje e fiquei com raiva, porque sei que não estou pagando a Copel, mas a maldita distribuição de dividendos. Eu estou pouco me lixando para distribuição de lucros. Quero ter luz e serviços de qualidade em todas as regiões do estado. Precisamos voltar a ter a mesma alegria de viver no Paraná, de sermos paranaenses” afirmou.

Pedágio – Na opinião do candidato do PRP, o pedágio paranaense é caro e o preço que pagamos não corresponde à contraprestação dos serviços. Para resolver esta questão, caso eleito, disse que irá cobrar da Procuradoria Geral do Estado uma ação efetiva em relação aos contratos. “Quero um trabalho novo dos advogados e vou exigir que os procuradores do estado me expliquem por que não conseguem quebrar esses contratos. O que explica isso é a falta de interesse dos governantes. Vou rever os contratos de pedágio. Isso não é uma bravata, é uma afirmação. É uma questão de cidadania e de exercício da coerência. Vou por a cachorrada pra correr, porque já estou cansado de ver donos de pedageiras rindo da cara de todos nós”, afirmou.

Quinto candidato a participar do Debate Paraná, Ogier Buchi, elogiou a iniciativa do Senge-PR na organização do evento em parceria com o Crea-PR, CAU e Sindarq/PR. “São pouquíssimas as oportunidades que temos para expor o que acreditamos e o que desejamos. Quis ser candidato a governador para oferecer uma alternativa que passa pela criação de um estado mínimo, propositor, que valorize seus profissionais e os remunere com decência e que sirva não apenas ao seu povo, mas como exemplo para a Nação”, finalizou o candidato do PRP.

 

 

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