Senge Inovação discute proteção contra descargas elétricas

O papel da engenharia no desenvolvimento da tecnologia e segurança

Comunicação
01.ABR.2021

O Brasil não é só conhecido como um dos países que mais caem relâmpagos no mundo.  O país bateu o recorde mundial com a maior descarga elétrica do planeta, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). No dia 31 de outubro de 2018, um relâmpago cruzou a distância de mais de 700 km nos céus do Brasil tornando-se o recorde de maior extensão. Esse é apenas um exemplo que leva o Senge Inovação a debater a necessidade de realizar a Proteção contra descargas elétricas. O programa conta com a participação dos engenheiros, Ubirajara Zoccoli, Professor do Departamento Acadêmico de Eletrônica da UTFPR, e Fernando Patrício, coordenador da APEE. O debate serve como preparação para o curso Proteção Contra Descargas Atmosféricas ABNT NBR 5419 / 2015 que acontece a partir do dia 27 de abril e com descontos especiais para associados ao Senge-PR.

O perigo de descargas elétricas atingirem pessoas é alto. De acordo com a OMM, recentes descobertas relacionadas a relâmpagos são fundamentais para a “segurança, engenharia e preocupações científicas”. As pessoas podem ser vítimas diretamente e indiretamente das descargas, como no caso em que 21 pessoas foram mortas por um único relâmpago enquanto se escondiam em busca de segurança em uma cabana no Zimbábue, ou quando 469 pessoas mortas em Dronka, Egito, quando um raio atingiu um conjunto de tanques de petróleo, causando a queima de petróleo na cidade em 1994.

Para o debate do Senge Inovação, os especialistas chamam atenção para as descargas atmosféricas, “cuja compreensão do fenômeno necessita da compreensão da evolução técnico-cientifica, em especial à luz de novas pesquisas ocorridas no campo do eletromagnetismo, que apresentam inegável complexidade, tanto no que se refere a natureza física do fenômeno, quanto aos seus efeitos, cujos riscos e lesões aos seres humanas e à suas vidas é inegável, surgindo do ponto de vista legal, um ilícito, seja pela morte, seja pela lesão sofrida”.

Nesse contexto, explica o engenheiro Ubirajara Zoccoli, ao ocorrerem lesões, mortes ou perdas econômicas, vislumbra-se a possibilidade da judicialização na busca pelo ressarcimento dos danos e mesmo da culpabilidade ou do dolo (eventual), pela perda da vida, que até 21/06/2015 era difícil ou mesmo improvável provar o nexo causal.

Um exemplo prático de acidente com morte ou lesão ocorre quando alguém atende o telefone fixo ou mesmo um telefone celular conectado na tomada pelo carregador, durante a ocorrência de descargas atmosféricas atingindo a edificação em tela.

Já o engenheiro Fernando Patrício destaca a importância do debate preparatório para o curso. “Nesse evento, da parte do sindicato, temos que abordar a questão de contratar engenheiro para projeto de PDA, dada a sua complexidade e risco de vida”. A ideia do curso, portanto, “é congregar os profissionais da área da engenharia elétrica, com habilitação nas áreas de eletrotécnica, telecomunicações, computação, automação e outras áreas afins, bem como estudantes dos cursos de engenharia”.

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