Sindicatos se reúnem com Governo e solicitam que fusão não traga prejuízo a funcionários e mantenha atribuições dos órgãos

Senge Paraná
10.JAN.2019

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Participaram da reunião o presidente do Senge-PR, Carlos Bittencourt; o diretor do Senge e engenheiro agrônomo do Emater, Raul Henrique Brianese; o diretor da Regional do Senge em Londrina e pesquisador do Iapar, Paulo Guilherme Ribeiro; além de representantes de outras entidades sindicais. (Foto: Divulgação)

 

O novo governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), anunciou no dia 3 de janeiro, durante a posse dos diretores do Sistema Estadual de Agricultura (Seagri), a fusão dos serviços prestados pelo Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), Emater (Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural), Codapar (Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná) e CPRA (Centro Paranaense de Referência em Agroecologia). A intenção do governo é reunir os quatro órgãos em uma única empresa.

Por iniciativa do Senge-PR, sindicatos e entidades representantes dos trabalhadores dos quatro órgãos propuseram uma reunião com o governo. O encontro ocorreu na tarde desta quarta-feira (9), na Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento, com a presença do secretário da pasta, Norberto Ortigara, da chefe de gabinete da Secretaria, Vera da Rocha Zardo, e do presidente do Emater, Natalino Avance de Souza – que responde pelas quatro empresas.

Participaram da reunião o presidente do Senge-PR, Carlos Bittencourt; o diretor do Senge e engenheiro agrônomo do Emater, Raul Henrique Brianese; o diretor da Regional do Senge em Londrina e pesquisador do Iapar, Paulo Guilherme Ribeiro; o presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários do Paraná, Cezar Amin Pasqualin; o presidente do Sindicato dos Técnicos Agrícolas em Nível Médio do Paraná, Gilmar Zachi Clavisso; e o presidente da Associação dos Funcionários do Emater (AFA), José Carlos Schipitoski.

Durante uma reunião de quase duas horas, os representantes dos funcionários apresentaram preocupação e solicitaram esclarecimentos sobre a proposta de fusão. A principal reivindicação foi de que não haja prejuízos aos 2017 funcionários dos quatro órgãos, e pela manutenção das ações desenvolvidas por cada empresa.

Em carta divulgada no dia 7, membros do Comitê Técnico Científico do IAPAR apresentam argumentos contrários à fusão. “[…] acreditamos que a extinção do IAPAR como instituição autônoma acarretará prejuízos irreversíveis para o desenvolvimento de processos e produtos estratégicos, principalmente para os que se encontram fora dos interesses imediatos da iniciativa privada, com graves consequências sociais e econômicas para a sociedade paranaense, devendo essa premissa ser considerada no processo de reestruturação ora proposto”.

Segundo o governo, a fusão é fundamental para garantir recursos e estrutura para a continuidade das ações desenvolvidas, e para garantir maior eficiência dos órgãos. Norberto Ortigara e Natalino Avance de Souza garantiram a continuidade dos trabalhos em desenvolvimento e a manutenção das atribuições de cada uma dos órgão. Também se comprometeram em não trazer prejuízos aos funcionários, com permanência dos planos de cargos e salários do Iapar e do Emater.

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Outra garantia dada pelo governo é o fim dos atrasos de salários na Codapar. Com a incorporação, a folha de pagamento do órgão passará a ser responsabilidade do governo.

No caso do CPRA, que não tem funcionário próprios, a principal preocupação é com a garantia da continuidade das ações desenvolvidas para a pesquisa e fomento da Agroecologia. Norberto Ortigara e Natalino Avance garantiram a manutenção de uma diretoria específica para seguir os projetos e ações relacionados ao tema.

Após a fusão, o governo anunciou que estuda abrir um novo PDV voltado a funcionários oriundos da Emater e da Codapar, com a intenção de abrir espaço no orçamento para a contratação de novos funcionários para pesquisa e extensão.

Segundo os representante do governo, os nomes dos órgãos serão extintos e será definido um único nome para todos eles. No caso do Iapar, o nome continuará sendo utilizado nos produtos desenvolvidos pelo órgão.

Os sindicatos reivindicaram a abertura de espaço para debater o decreto em que será formalizada a fusão, antes do envio à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), previsto para março. As entidades seguirão mobilizadas para acompanhar a estruturação da nova instituição. A presidência do Instituto Emater garantiu estar aberta para questionamentos e sugestões.

 

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