Contra bolo no reajuste, funcionários do Tecpar se mobilizam

Instituto tenta postergar pagamento dos índices inflacionários

Comunicação
14.SET.2022

Um bolo de 24,89%. Essa é a conta que a direção da Tecpar pretende passar para os funcionários com o não pagamento de três anos atrasados de reajuste. Após um pagamento judicializado, a empresa demora a honrar outros compromissos. A saída para que esse bolo não seja salgado é pressão. Por isso, os funcionários retomam a mobilização. 

Os funcionários reclamam da falta de vontade da empresa em resolver o problema já neste momento. Alegam que esperar até 2023 irá aumentar ainda mais a perda do poder de compra e o salário das pessoas.

 “Até lá serão mais de 30% de defasagem e esse valor será comido pelas contas de início do ano. Precisamos fazer pressão para receber o que é nosso de direito”, diz uma pessoa durante a assembleia. 

Os percentuais reclamados são referentes a 2,05%, 8,9% e 11,9%. A soma chega em 24,89%. Isso representa um quarto da perda salarial. “Não é pouco esse percentual. Mês a mês a perda é grande”, protesta o presidente do Sindaspp, Ivo Petry.

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Pressão e mobilização

Para os funcionários, dessa vez não dá para experimentar uma decisão em segunda instância na justiça. Na Cohapar, por exemplo, já foi pago 8,9% em junho. Com isso, “cai por terra qualquer argumento de impedimento eleitoral”.

O coletivo, sindicatos e comissão devem pressionar para receber os valores. Eles têm audiência marcada com a justiça no dia 26 de setembro. A expectativa é tratar dos três índices. Sendo positiva a sentença, o próximo é cobrar imediatamente o pagamento de um dos índices, incorporando o valor aos salários.

“Neste quadro de inflação alta, a gente está perdendo dinheiro. Em janeiro a perda é grande. Por isso queremos ação imediata da Tecpar. Temos direito a receber, principalmente porque o Instituto tem orçamento próprio”, destacam as entidades.

As entidades estão marcando uma mesa redonda com o Ministério do Trabalho. A intenção é que possa ocorrer uma mediação antes de qualquer paralisação.

“Se quem manda não fizer isso andar, a paralisação vai vir antes do começo de outubro. O movimento já deu certo e vamos pressionar para dar certo de novo”, incentiva o presidente do Senge-PR, Leandro Grassmann.

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