Deputado vai a Brasília defender a Copel

Iniciativa visa barrar privatização da empresa de energia aprovada no fim de 22

Líder da oposição se posiciona contra venda da Copel. Foto: Alep
Comunicação
26.JAN.2023

Manoel Ramires/Senge-PR

O deputado estadual Arilson Chiorato (PT) peregrinou por Brasília para defender a Copel contra a sanha do governador Ratinho Junior (PSD) de privatizar a Copel. Embora a autorização tenha sido dada pelos deputados no fim do ano passado, a perda do controle acionário pode esbarrar no novo governo federal, que é contrário às privatizações. Na capital federal, Arilson foi ao BNDES e à Advocacia Geral da União.

A atuação do parlamentar da oposição faz parte de uma estratégia que visa barrar a privatização da maior companhia do estado via Governo Federal. O governador Ratinho Junior pretende vender a empresa dos paranaenses que teve, só no ano passado, receita operacional líquida de R$ 5,45 bilhões até o terceiro bimestre. A venda se daria pela perda do controle acionário das ações ON. O estado detém 69,7%, sendo sócio majoritário. A intenção é ficar com apenas 10%. Com isso, o Paraná perde o controle sobre a empresa e seus rumos estratégicos. 

Por outro lado, o BNDESPAR é o segundo maior acionista individual, com cerca de 12,4% das ações. Mas, se a venda for para frente, seria obrigado a ficar com apenas 10%. Esse é um dos assuntos do deputado em sua visita ao banco de desenvolvimento. Segundo Chiorato, sua primeira agenda foi no BNDES, para protocolar uma petição, informando sobre as tratativas de privatização da estatal e dos prejuízos que isso traria à União e ao povo do Paraná”, informou. 

Mais tarde, o deputado visitou a Advocacia Geral da União (AGU). Lá, pediu providências quanto à privatização da Copel. A lei aprovada na Assembleia Legislativa do Paraná ocorreu em regime de urgência e sem ouvir especialistas e envolvidos no processo, como a ANEEL e os trabalhadores. Segundo o deputado, “precisamos corrigir as barbaridades feitas pelo Governo do Estado. Não podemos permitir a venda da Copel. Eu saio daqui otimista, porque os elementos entregues e a conversa com o consultor geral da AGU, André Dantas, mostra elementos contundentes”, pontuou. 

PDV condicionado

No último dia 19 de janeiro, os funcionários da Copel aprovaram no Acordo Coletivo de Trabalho uma cláusula que trata de demissões até 2027. O item abrange indenização aos trabalhadores diante da possibilidade de um novo controlador majoritário da companhia. No entanto, a cláusula prevê que uma vez não se concretizando a privatização, o PDV estendido está automaticamente cancelado. A previsão da Copel é que as ações sejam colocadas na Bolsa de Valores em outubro deste ano.

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