Frente em Defesa da Soberania será lançada no Paraná no dia 2 de dezembro

Iniciativa é organizada pelas principais centrais sindicais, organizações e setores independentes

Foto: Leandro Taques
Comunicação
26.NOV.2019

Por Pedro Carrano/BDF

Em todo o país será lançada a Frente Popular e Parlamentar em Defesa da Soberania Nacional e, no Paraná, não será diferente.

O ato de lançamento do espaço que questiona as tentativas de privatizações do governo Bolsonaro será no Plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), no dia 2 de dezembro (segunda), às 19h. Terá a participação da presidente da Frente Nacional em Defesa da Soberania Nacional, a senadora Zenaide Maia (PROS), do deputado federal Patrus Ananias (PT), da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT), de Roberto Requião (MDB), entre outros políticos convidados.

No Rio de Janeiro, a Frente em Defesa da Soberania será lançada no dia 12 de dezembro, questionando o fatiamento e a privatização de setores estratégicos da Petrobras, na cidade onde está localizada a sede da empresa. 

A Frente, no Paraná, é organizada pelas principais centrais sindicais (CUT, Força Sindical, Intersindical, CSP-Conlutas e CTB), pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, por setores nacionalistas, independentes, entre outros, ao lado do chamado Comitê Unificado, surgido das lutas unitárias das organizações populares. Particularmente, sindicatos da base de empresas, caso dos Correios, Petrobras, Fafen Fertilizantes. 

“A Frente deve ter uma diversidade bem abrangente, compreendendo toda a questão da água, petróleo, todas as riquezas naturais e minerais. E também a tecnologia e conhecimento, porque sem ele que soberania teremos?”, reflete a advogada Clair da Flora Martins, do Instituto Reage Brasil.

Participa também o Fórum em Defesa da Copel Telecom, que tem questionado a tentativa de venda de duas estatais lucrativas: Copel Telecom, Compagás, ao lado da orientação de mercado da Sanepar.

Clair ainda defende que as empresas públicas são uma ferramenta importante para induzir a economia ao crescimento. Ela, que possui ação popular questionando a privatização da mineradora Vale, em 1997, por valores subfaturados. “Nós sabemos que, ao longo da nossa caminhada, as empresas estatais foram indutoras do nosso desenvolvimento, contribuindo sobremaneira para melhorar as condições de vida do povo brasileiro e tornar o Brasil uma das maiores potências mundiais”, afirma.

Algumas ameaças de privatização:

– O governo do Paraná planeja privatizar sua empresa de banda larga Copel Telecom e de gás, Compagas, até março de 2020;

– Petrobras: além da venda da BR Distribuidora, dos leilões de poços que eram de direito da Petrobras (cessão onerosa), sindicatos denunciam o possível fim de operação de refinarias nos estados do Sul;

– Fertilizantes: risco de privatização da produção nacional do insumo. A Fafen Fertilizantes está localizada em Araucária.

– Correios: tentativa de aprovar no Congresso Nacional privatização da empresa. 

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