Funcionários da Cohapar suspendem greve até pagamento da folha de setembro

Empresa assumiu o compromisso de pagar índice de 11,9% e negociar outras demandas

Categoria demanda Cumprimento imediato do reajuste da CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2020/2021
Comunicação
01.AGO.2022

REVIRAVOLTA | Em mesa redonda com o Ministério Público do Trabalho, os emissários da Cohapar voltaram a se comprometer com o índice de 11,9% a ser pago aos funcionários. Além disso, se comprometeram a voltar a negociar o reajuste do vale-alimentação e os demais atrasados. A posição é corroborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que aconselhou pela suspensão da greve. Sugestão acolhida pelos funcionários em assembleia ocorrida na tarde do dia 1 de agosto. Eles decidiram pela suspensão da greve até o pagamento da folha de setembro.

De acordo com a ata da mediação, “ouvidos os representantes da Cohapar, confirmou-se o resultado da reunião, onde o reajuste salarial de 11,90%, correspondente à data-base de junho de 2002, será pago”. Segundo Paulo de Castro Campos, diretor administrativo financeiro, Jaqueline S. B. de Godoy, superintendente de administração e controle, o trâmite agora passa pelo Conselho de Controle das Empresas Estatais (CCEE), pela Secretaria de Fazenda e pela Procuradoria-Geral do Estado. 

A mediação ainda apontou que ficam pendentes os valores retroativos, de salários e de vale-alimentação, transferidas para janeiro de 2003. “O mediador sugeriu que enquanto durar o processo de tramitação do pagamento do reajuste salarial, não haja interrupção do trabalho”, registra a ata.

SUSPENSÃO COM PRAZO DETERMINADO | A categoria deu como prazo o mês de setembro, quando o pagamento da folha deve implementar o índice de 11,9%. Se após esse mês o reajuste não for implementado, a greve deve ser retomada. A decisão foi tomada em assembleia híbrida, acontecida presencialmente, em Curitiba, e virtualmente, pelas regionais. 

MOBILIZAÇÃO REVERTEU PROPOSTA | Os sindicatos Senge-PR e Sindaspp destacaram que a suspensão da greve é reflexo da mobilização dos funcionários. “É esse movimento, essa pressão, que fez a Cohapar mudar a posição e apresentar o índice de reajuste. É fundamental, portanto, seguir mobilizados para que sejamos pagos e negociem os demais índices”, aponta Ivo Petry, presidente do Sindaspp.

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