Paraná supera a marca de mortes do ano passado

Estado está entre os que aumentaram as mortes e contaminações em 2021

FOTO: JONATHAN CAMPOS/ AEN
Comunicação
01.ABR.2021

O Paraná dobrou a quantidade de mortes em decorrência da Covid-19 em 2021. Dos 16,6 mil casos registrados pela Secretaria Estadual de Saúde, praticamente a metade aconteceu nos três primeiros meses deste ano. Janeiro, fevereiro e março contabilizaram 8688 vítimas, crescimento de 9,8% em relação a todo o ano passado. O estado contribuiu para que o Brasil registrasse 66,8 mil mortes em 2021 a mais do que 2020.

No último dia de março, o estado contabilizou mais 3.059 casos e 196 mortes pela Covid-19. Os dados acumulados do monitoramento mostram que o Estado soma agora 840.728 diagnósticos e 16.600 óbitos em decorrência da doença.

O secretário de Saúde Beto Preto comentou o descontrole da pandemia no estado e no país. “Enfrentamos um aumento acelerado de casos de Covid-19 em todo o país e, no Paraná, o cenário do mês de março não foi diferente. Hoje podemos afirmar com toda certeza que não há ambiente livre da Covid-19. A transmissão comunitária está presente, o que significa dizer que não é mais possível rastrear qual é a origem da infecção”, admitiu.

Paraná registra picos de casos a partir do período eleitoral

Paraná perdeu controle no período eleitoral

Embora o cenário no primeiro trimestre de 2021 supera todo o ano passado, o aumento de casos e mortes pode ser identificado com o período eleitoral. Com as eleições remarcadas para novembro, a partir de outubro, durante o corpo a corpo dos candidatos, os índices passaram a subir. No começo daquele mês, o estado registrava 365 casos novos, terminando com 941 casos.

Foram três grandes picos de contaminação nos últimos seis meses. Em 16 de dezembro, com 20 mil casos contabilizados, em 7 de janeiro, com 34 mil casos novos, e em 7 de março, batendo em quase 45 mil casos.

Com lotação de hospitais, mortes disparam no estado

Colapso do sistema e aumento de mortes

As mortes, por outro lado, refletem o colapso do sistema de atendimento e a lotação de UTIs. Mesmo com o aumento de casos a partir de outubro de 2020, a média no estado não superava 80 vítimas diárias. Mas, em março, com o a lotação, as pessoas morreram tanto em hospitais como na lista de espera. O pico aconteceu em 16 de março, com 223 vítimas contabilizadas pelo Boletim da SESA.

Os números atuais ainda são superiores aos meses anteriores, mas estão recuando devido ao aumento das medidas restritivas como as adotadas em Curitiba, capital do estado e epicentro dos casos, que determinou lockdown de 21 dias. Em âmbito estadual, o governador Ratinho Junior (PSD) renovou norma mais branda de restrições. O decreto 7.230/21 estende o período de restrição até as 5 horas do dia 15 de abril e flexibilizou a permissão para que shopping centers e comércio não essencial possam atender aos sábados nas modalidades delivery e drive thru. A regra não vale para Curitiba e região.

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