Em ofício, Senge se junta a deputados que votaram contra venda da Copel e Sanepar

Senge Paraná
13.SET.2016

Em defesa do patrimônio dos paranaenses o Senge se alia aos 17 deputados que votaram contra o Projeto de Lei (PL) que prevê a venda de ações e alienação de imóveis da Copel, Sanepar e Cohapar. O PL 435/16, que recebeu 19 emendas nesta segunda-feira (12) após aprovação na Alep, teve pedido de vista pelos deputados Nereu Moura (PMDB) e Péricles de Melo (PR), na sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta terça-feira (13) e voltará à discussão no dia 19 de setembro.

O presidente do Senge-PR, engenheiro Carlos Roberto Bittencourt, e os engenheiros copelianos Leandro Grassmann e Cícero Martins Jr. acompanharam a votação na Alep.
O presidente do Senge-PR, engenheiro Carlos Roberto Bittencourt, e os engenheiros copelianos Leandro Grassmann e Cícero Martins Jr. acompanharam a votação na Alep.

Em ofício assinado pelo presidente do sindicato, o engenheiro agrônomo Carlos Roberto Bittencourt, o Senge manifesta apoio aos parlamentares na luta contra as manobras de privatização das estatais e se coloca como “um parceiro forte e inseparável nessa empreitada, seja como fórum para a ampliação dos debates em defesa do interesse público, seja como entidade de representação de uma categoria que participa diretamente do processo de desenvolvimento do nosso Paraná”.

Quadro de votação do projeto que permite que o governo venda as ações excedente da Copel e da Sanepar.
Quadro de votação do projeto que permite que o governo venda as ações excedente da Copel e da Sanepar.

Como integrante do Fórum Popular em Defesa das Empresas Públicas, o Senge acompanhou a votação desta segunda-feira (12), reafirmando sua posição contrária ao “pacotaço” do Governo Richa. Além de uma perda anual de R$ 60 milhões, referente a lucratividade gerada com as ações que o governo pretende vender, a medida também afeta a diretamente a vida de milhares de trabalhadores e familiares das estatais.

São mais de 26 mil empregados nas duas estatais. Entre eles, 8.813 são funcionários próprios e 6.457 terceirizados na Copel, além de 7.473 empregados próprios e 3 mil terceirizados na Sanepar. A soma entre engenheiros e engenheiras copelianos e saneparianos é de 1.207 profissionais, sendo 770 funcionários da Copel e 437 da Sanepar.

 

A venda das ações é praticamente uma privatização das empresas, e isso prejudicará os trabalhadores e a população paranaense. Diretor do Senge, Cícero Martins Júnior, em audiência pública na Alep
A venda das ações é praticamente uma privatização das empresas, e isso prejudicará os trabalhadores e a população paranaense. Diretor do Senge, Cícero Martins Júnior, em audiência pública na Alep

Antes da votação, o Senge já havia encaminhado ofício aos 54 deputados apontando os riscos para o patrimônio público da aprovação do “pacotaço” do governo, enviado à Alep originalmente como PL 419/2016, com mais cinco itens além da venda das estatais. No dia 30 de agosto, em audiência pública sobre o PL promovida pelo deputado Tadeu Veneri (PT) na Alep, o Senge questionou a venda do patrimônio das estatais e o prejuízo para os cofres público do Paraná com a perda das ações.

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