Nova diretoria do Senge-PR toma posse para gestão do próximo triênio

Senge Paraná
02.JUN.2017

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Mais de 300 pessoas, entre representantes de 70 entidades, sindicatos, movimentos sociais, órgãos públicos, participaram da posse da nova diretoria do Senge-PR nesta quinta-feira (1), no Círculo Militar, em Curitiba.

Participam da mesa de posse o Presidente do Senge, Carlos Roberto Bittencourt, reeleito para sua segunda gestão; Norberto Anacleto Ortigara, secretário de abastecimento, representando o governador; o engenheiro agrônomo e Deputado estadual Rasca Rodrigues (PV), como representante da Assembleia Legislativa do Paraná; a vereadora Professora Josete, representando a Câmara Municipal de Curitiba; o presidente da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), Clovis Nascimento; Joel Krüger, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), e Sérgio Inácio Gomes, diretor da Regional do Senge em Maringá, representando as regionais.

IMG_1777Em seu discurso de posse, Carlos Bittencourt enalteceu a renovação, a diversidade e a busca pela unidade como marcas do grupos que assume a direção do sindicato. O engenheiro agrônomo assume o segundo mandato para a gestão 2017/2020.

O envolvimento dos jovens foi caracterizado pelo presidente como a marca mais promissora e ousada da entidade nos últimos anos: “Hoje, estamos na marca dos 2.600 filiados ao Senge Jovem e somos uma inspiração para outras iniciativas nos quatro cantos do país. Em cada regional do sindicato há uma célula de multiplicação dos ideais do Senge entre os futuros engenheiros. E em cada uma dessas células, está o nosso presente e o nosso futuro”, garantiu.

Ainda na perspectiva da pluralidade, Bittencourt ressaltou a histórica participação das mulheres na nova gestão: “Ao longo dos 82 anos de história do sindicato, toma posse hoje a diretoria com maior presença de engenheiras. Elas são 29% da composição da nova direção. Essas mulheres estão mudando a história e para mim é uma honra estar na presidência do Senge ao lado delas”.

Para o presidente, as reformas estruturais que o presidente Michel Temer (PMDB) e maioria do Congresso buscam implementar em nada condizem com o programa aprovado nas urnas nas eleições presidenciais de 2014.

Uma coalizão neoliberal quer reformar o país colocando abaixo as vigas de sustentação dos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários. Fazem isso a despeito da Constituição Federal, numa velocidade incompatível com o debate democrático”.

Como saídas, Bittencourt aponto a necessidade de avanço na unidade entre as forças populares, a saída de Michel Temer da presidência e a realização imediata de eleições diretas.

Ao se pronunciar, Norberto Anacleto Ortigara, secretário de abastecimento, representando o governador do Paraná, reforçou o respeito cultivado pelo Senge ao longo das décadas.

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Eu convivo há quase 40 anos com esse sindicato e posso testemunhar a capacidade que ele tem”, por representar muito bem as várias categorias, com forma e firmeza, “à frente do seu tempo”, disse.

Para Ortigara, o Senge sempre esteve “na vanguarda, com posições claras e objetivas, polícias públicas decentes para a sociedade”. O secretário caracterizou a conjuntura brasileira como “fuzarca política”.

Rasca Rodrigues, engenheiro e ex-presidente do Senge e atualmente deputado estadual, participou da mesa representando a Assembleia Legislativa. “O Senge goza de respeito, porque é um sindicato correto e não foge das lutas”.

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Pela experiência vivida como integrante do Senge, garante que trata-se de um um sindicato em que vale a pena participar quando se é jovem, mas também com a avanço da vida profissional e na aposentadoria. “É um caminho bom de fazer, bom de trilhar”.

Com relação às ameaças à soberania nacional, em especial com a quebra do regime de partilha do Pré-sal, Rasca Rodrigues afirma que José Serra, senador pelo PSDB de São Paulo, “prestou um serviço” e entregou a “autonomia e emancipação” do país ao capital privado internacionais. A mudando foi aprovada a partir de proposta de Serra.

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Representando a Câmara Municipal de Curitiba, a vereadora Professora Josete (PT) relembrou o período em que esteve a frente do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismac), na década de 1990: “O Senge sempre foi uma referencia pra nós, por ser um sindicato que, além de fazer a defesa da categoria, sempre foi uma referência na discussão técnica de grandes temas”.

A vereadora parabenizou o aumento do número de mulheres na gestão: “É o momento que temos que continuar avançando para termos direitos iguais”. Também ressaltou a atuação do Senge na defesa da soberania nacional.

O presidente da Fisenge, Clovis Nascimento, afirmou o reconhecimento ao trabalho do Senge-PR, por ser uma entidade importante na fundação da Federação e por ir além da luta corporativa, “mas principalmente na luta por um Brasil mais justo e igualitário”.

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E neste cenário de tentativa de retrocessos aos direitos, Nascimento reforçou o posicionamento da Fisenge na luta política que tem sido travada no país. “Não podemos, de jeito nenhum, abdicar dessa luta”, garante. O presidente reiterou o convite para o Simpósio SOS Brasil Soberano. “Não tem o objetivo de resolver os problemas, mas sim abrir o debate”.

Joel Krüger, presidente Crea-PR, enalteceu a atuação permanente do Sente tanto luta pelos direitos dos engenheiros, quanto pela sociedade paraense e brasileira, e citou como exemplo a luta em defesa da Copel e da Sanepar.

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Ao falar sobre as reformas em curso no Brasil, reforçou que a nova diretoria “terá um horizonte de três anos de muito trabalho”. “Quando falamos da reforma da Previdência e da Trabalhista, é 80% da nossa vida que está em discussão”, frisou. Além disso, reafirmou a necessidade da defesa dos recursos naturais brasileiros, como os minérios e o petróleo.

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Sérgio Inácio Gomes, diretor da regional de Maringá, representando as regionais do Senge no Paraná, frisou o papel das regionais nesta gestão. “As demandas não estão concentradas numa região só, na capital. Temas as demandas e precisamos do sindicato presente. Não só aos engenheiros, mas a sociedade em geral precisa do Senge”, explica. Segundo Gomes, está sendo criado um Fórum de Regionais, com a intenção de buscar mais atividade de politização.

Também estiveram presentes o ex-presidente da Itaipu Binacional, Jorge Samek; o diretor do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo (Seesp), Fernando Palmezan Neto; o vereador Bruno Pessutti; o superintendente do Trabalho, Luiz Fernando Busnardo; o diretor geral da Mútua, Waldir Aparecido Rosa; o presidente do Sindicato dos Técnicos Agrícolas, Gilmar Zachi Clavisso; o presidente da APP-Sindicato, Hermes Silva Leão, os ex-presidentes do Senge, Luis Carlos Correa Soares e Ulisses Kaniak.

 

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