Indústria é contra revogar reforma trabalhista

Lei retirou direitos dos trabalhadores e precarizou empregos

Foto: Divulgação
Comunicação
30.JUN.2022

O programa de desenvolvimento da CNI para as eleições de 2022 é contrário à revogação da Reforma Trabalhista. 21 propostas foram encaminhadas para os presidenciáveis em evento realizado em Brasília. Destes, o que trata do mundo do trabalho se coloca na oposição de revogar as medidas que reduziram direitos dos trabalhadores.

O documento divulgado enaltece a redução das ações trabalhistas como um “avanço” da legislação. A reforma trouxe uma queda de 46% das ações trabalhistas no Brasil, no período de 2016 a 2020, segundo dados do Tribunal Superior do Trabalho (TST). “O Brasil deu passos importantes para trazer para o presente a legislação trabalhista, por meio da reforma de 2017” diz o presidente do Conselho de Relações do Trabalho da CNI, Alexandre Furlan. Os industriais ainda defendem que “outro fator que tem contribuído para o aumento da segurança jurídica no país é o fortalecimento da negociação coletiva. A nova lei trouxe mudanças que reduziram as possibilidades de interferência externa nas negociações coletivas”.

A tese da CNI encontra desacordo com o posicionamento sindical, porque a lei enfraqueceu as demandas judiciais dos trabalhadores e os sindicatos, diante do protagonismo do negociado sobre o legislado. O resultado, diferente do que defende a CNI, é uma herança perversa de 32,5 milhões de empregos precários.

“Esse é o resultado dos ataques aos direitos dos trabalhadores promovido pela reforma de Temer, que prometeu gerar 6 milhões de empregos, mas o que conseguiu foi aumentar o desemprego, a precarização do trabalho, a exploração sem limites do trabalhador”, diz o secretário de Relações do Trabalho da CUT Nacional, Ari Aloraldo do Nascimento.

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