Na terceira semana do mês dedicado às mulheres, o Coletivo de Mulheres do Senge-PR (Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná) organizou um evento virtual, reunindo meninas estudantes e mulheres engenheiras para discutir desafios e conquistas no campo da engenharia. Como parte da programação aconteceu o bate-papo com Rafaela Fernandes, engenheira civil, professora da UFMG e autora do livro “Lugar de Mulher é onde ela quiser: mulheres na engenharia”.
Rafaela Fernandes, que atualmente reside e trabalha na Dinamarca, tem uma carreira consolidada tanto no Brasil quanto internacionalmente. É integrante de diversas associações renomadas, como a Associação Brasileira de Mecânica dos Solos, International Geosynthetics Society, e diretora regional do Instituto de Engenharia na Dinamarca. É uma voz respeitada no campo da engenharia geotécnica e meio ambiente tanto no Brasil, quanto fora dele.
Durante a live, Rafaela expressou otimismo em relação ao crescente protagonismo feminino, apesar das barreiras persistentes no mercado de trabalho da área. Ela ressaltou a importância de reconhecer e superar as diferenças de gênero, destacando que as mulheres são tão capazes quanto os homens e merecem igualdade de oportunidades “Crescemos ouvindo que somos todos iguais, mas, biologicamente e fisicamente, não somos. Assim como não somos melhores nem piores do que ninguém e, por esta razão, as diferenças de gênero não servem de desculpa para segregações”, afirmou Rafaela durante a conversa.
Além de suas realizações na engenharia, Rafaela é escritora, com diversos livros publicados sobre inspeção, monitoramento e estabilidade de barragens, além de um dicionário geotécnico bilíngue. Suas obras não apenas contribuem para o avanço técnico da engenharia, mas também potencializam a presença de outras mulheres e as motivam a seguir a carreira STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática).
Rafaela encerrou a conversa reforçando a importância de reconhecer e desafiar os estereótipos de gênero que moldam nossa sociedade. “Toda mulher deve ter o direito de andar livre e ser quem ela bem quiser. Ter essa consciência e buscar ações que fortaleçam as mulheres é uma forma de despertar, reconhecendo a opressão e buscando formas de mudar esse cenário”, enfatizou reforçando que lugar de mulher pode ser tanto nos canteiros de obra quanto nas prateleiras das livrarias.
No encerramento do evento, os dois exemplares da autora foram sorteados entre as participantes, com Amanda dos Santos e Beatriz Damasceno, ambas da UTFPR Curitiba, sendo as ganhadoras. Para quem deseja assistir à transmissão ao vivo e continuar acompanhando as iniciativas do coletivo de mulheres do Senge, o link está disponível abaixo. Não deixe de seguir as redes sociais para ficar por dentro das próximas atividades e contribuir para a construção de um ambiente mais inclusivo e igualitário para as mulheres na engenharia.
Para Assistir A Live Completa clique aqui
