“Curitiba tem muita resistência” disse o presidente do Senge-PR na abertura do IV Simpósio SOS Brasil Soberano

Senge Paraná
14.JUL.2017

Curitiba recebe nesta sexta-feira (14) o IV Simpósio SOS Brasil Soberano, com mais de 150 participantes. Na mesa de abertura do encontro, o presidente do Senge-PR, Carlos Bittencourt, deu as boas vindas e apresentou da cidade aos participantes vindos de outros estados, frisou as recentes mobilizações ocorrida na capital paranaense.

“Curitiba tem muita resistência. O Brasil todo acompanhou a luta dos professores e funcionários do estado, professores e servidores do município. Foi uma forte resistência, até contra a repressão policial com violência. Curitiba também teve o maior número de ocupações das escolas contra a reforma do ensino médio”, relatou o presidente.

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Bittencourt destacou o retrocesso nos direitos dos trabalhadores aprovado pelo Senado: “É uma semana muito difícil para todos nós por conta da aprovação da Reforma Trabalhista. É um golpe nos direitos de todos os trabalhadores”.

Também participaram da mesa de abertura o presidente da Fisenge e vice-presidente do SENGE Rio, Clovis Nascimento; o presidente do SENGE-RJ, Olímpio Alves dos Santos; o presidente do CREA-PR, Joel Krüger; e o presidente da APP Sindicato, Hermes Leão. O professor e coordenador do projeto, Francisco Teixeira, também participou da cerimônia de abertura.

A história ensina

Mais 21 mil pessoas foram assassinadas durante a Guerra do Contestado, que aconteceu entre 1912 e 1916 nos estados de Santa Catarina e do Paraná. O fato histórico foi lembrado pelo professor Hermes Leão, presidente da APP Sindicato, para fazer uma relação com o momento em que o Brasil vive atualmente. Segundo ele, a pauta não mudou: a tentativa de entrega das riquezas nacionais para o capital estrangeiro.

“Esse governo de Michel Temer poderia ser o retrato do grupo que protagonizou a tragédia da Guerra do Contestado. É o retrato da entrega, da criminalização do povo. A história nos ensina a luta necessária. O golpismo ainda é uma marca muito forte nessa nação”, explicou Hermes.

Oligarquias

O presidente do SENGE Rio, Olímpio Alves dos Santos, destacou o período político e econômico que o país vive e defendeu a importância entender este momento para ter a capacidade de se organizar e lutar. “No Brasil, ainda não conseguimos derrotar uma oligarquia que impede que possamos nos tornar uma nação soberana. Temos este desafio pela frente”, defendeu o presidente.

Condenação de Lula

“Tinham que tirar o foco da Reforma Trabalhista que não tem precedentes. Nem a Margaret Thatcher (ex-primeira ministra do Reino Unido que era conhecida como “A Bruxa” e implementou uma agenda neoliberal intensa que prejudicou os trabalhadores do país), nem o Pinochet (ditador chileno que derrubou o governo Salvador Allende) conseguiram fazer algo tão destruidor. A condenação de Lula é uma aberração, condenar alguém sem provas. Nós vamos para as ruas ao lado de quem quer o Brasil dos brasileiros. Nós continuaremos a resistência”, defendeu o presidente da Fisenge, Clovis Nascimento.

Origem do projeto

“É preciso compreensão mais macro do que estava acontecendo no país durante. Não se tratava apenas de tirar uma presidenta sem crime. Se tratava de mudar a condição de país. Transformaram o estatuto desse país, que vinha se colocando como uma das grandes potências do mundo, em uma nação subalterna. Demoliram os setores estratégicos. O Brasil é um país onde os CNPJs são destruídos e os CPFs são preservados”, afirmou o coordenador do SOS Brasil Soberano, Francisco Teixeira.

Com informações do Senge-RJ | Fotos de Giorgia Prates

 

 

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