Imprensa destaca pedido do MP para que Sanepar exonere apadrinhados

Senge Paraná
29.ABR.2014

O colunista Celso Nascimento destaca no caderno Vida Pública, do Jornal Gazeta do Povo, a recomendação do Ministério Público feita à Sanepar, a pedido do Senge-PR, para que a empresa exonere 30 comissionados contratados para cargos de livre nomeação.

Leia a seguir as notas publicadas na coluna do jornalista. Para ler a coluna na íntegra clique aqui.

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Olho vivo

• Cabide 1

Em 2011, o Conselho de Administração da Sanepar criou, numa só penada, 30 “cargos estratégicos” de livre nomeação para integrar os quadros da companhia. Os cargos, lógico, foram logo ocupados por cabos eleitorais e amigos do grupo político que, naquele ano, assumia o governo do estado – caracterizando o que, segundo o jargão mais comum aplicado a situações como esta, se dá o nome de “cabide”. Um cabide que representa hoje uma despesa de quase R$ 1 milhão por mês para o caixa da Sanepar, com pouca ou nenhuma serventia para o distinto público.

• Cabide 2

Mas ontem a história começou a girar para trás: o Ministério Público Estadual emitiu uma “recomendação administrativa” para que o mesmo Conselho de Administração da Sanepar reverta o ato que criou o cabideiro. Num arrazoado de três laudas, o promotor que assina a recomendação, Felipe de Paula Soares, enumerou pelo menos cinco cláusulas constitucionais federais e estaduais e um incontável número de leis e decretos para demonstrar a ilegalidade e a imoralidade da criação dos cargos. E pediu, principalmente em nome destes dois princípios, que a Sanepar os extinga imediatamente e, por consequência, exonere seus ocupantes.

• Cabide 3

O ato do Ministério Público só tem um defeito: demorou demais. Ele aconteceu quase três anos depois de o Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge) ter lhe pedido a providência. A Sanepar foi notificada ontem mesmo, mas não se pronunciou.

 

 

 

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