Live debate insegurança alimentar e combate à fome

Ação faz parte da Campanha Senge Solidário que conta com adesão da engenharia paranaense

Live debateu a necessidade de combater a fome

A Fome não tem nome – Tem gente com fome – Tem gente que não come. Essa é uma das mensagens da Campanha Senge Solidário, que arrecada recursos financeiros para serem direcionados a entidades que ajudam a levar um prato de comida às pessoas que não têm o que comer ou que estão em insegurança alimentar. Uma pesquisa revelou que 19,1 milhões de brasileiros passaram fome em 2020. Já as pessoas em insegurança alimentar atingiram a marca de 116 milhões de pessoas. A live realizada nas redes sociais do Senge-PR debateu essa triste realidade.

A conversa conduzida pela engenheira cartógrafa Agatha Branco aconteceu com Ana Paula Zuchi, nutricionista da SMS da Prefeitura de Curitiba e ex-integrante do COMSEA (Conselho Municipal de Segurança Alimentar), e com Marcos Antonio Pereira, integrante do MST e coordenador do Marmitas da Terra, que já distribuiu mais de 64 mil marmitas apenas em Curitiba.

Os temas abordados na live foram quais são as causas da fome no Brasil novamente, as diferenças entre o que é fome e insegurança alimentar, se o combate a ambas se dar com sobras de almoço para as pessoas, como sugeriu o ministro da Economia, Paulo Guedes, qual é o perfil das pessoas que estão passando fome, cor, gênero, idade e região do país e se a desnutrição pode ser caracterizada como insegurança alimentar, entre outros.

Ana Paula Zuchi destacou que a busca por serviços da Prefeitura de Curitiba. Ela explicou que a insegurança alimentar é quando a pessoa não tem uma refeição balanceada. Disse que muitas pessoas se alimentam apenas de arroz ou macarrão instantâneo, por exemplo, pois não têm mais recursos para colocar outros alimentos na mesa.

Já Marcos Antonio Pereira apresentou o Marmitas da Terra, iniciativa que produz alimentos agroecológicos e orgânicos, livres de agrotóxicos, e que tem sido fundamental para saciar a fome de muitas pessoas. O inverno costuma ser rigoroso em Curitiba, um momento propício para baixar a imunidade e facilitar o contágio do vírus da COVID-19. Por isso, é importante partilhar uma comida quente, com variedade de alimentos, sem agrotóxicos e preparada com muito carinho e afeto.

Acesse e doe: www.senge-pr.org.br/noticia/solidario/

A FOME VOLTOU

Em 2013, a parcela da população em situação de fome havia caído para 4,2% – o nível mais baixo até então. Isso fez com que a ONU para a Alimentação e a Agricultura finalmente excluísse o Brasil do Mapa da Fome que divulgava periodicamente. Estudo mostra que 116,8 milhões de brasileiros não tinham acesso pleno e permanente a alimentos em 2020. 43,4 milhões (20,5% da população) não contavam com alimentos em quantidade suficiente (insegurança alimentar moderada ou grave).

Segundo a pesquisa VigiSAN, a insegurança alimentar cresceu em todo país, mas as desigualdades regionais seguem acentuadas. As regiões Nordeste e Norte são as mais afetadas pela fome. Nos dados de 2020, em 11,1% dos domicílios chefiados por mulheres os habitantes estavam passando fome, contra 7,7% quando a pessoa de referência era homem.

Assista a live:

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