Nota: Copel precisa ter responsabilidade social

É inadmissível que em um momento de tantos sacrifícios para a população paranaense e brasileira, o presidente da Copel receba um bônus de R$ 427 mil

Comunicação
28.ABR.2022

Por Leandro Grassmann, presidente do Senge-PR

O encarecimento do custo de vida da população paranaense tem a participação direta do Governo do Paraná e do modelo de negócio da Copel nos últimos anos. O estado controla 69,7% das ações da empresa de energia e é responsável tanto pela indicação da presidência da companhia quanto pela política de preços. E, nos últimos anos, essa política tem sido voltada cada vez mais para gerar lucro para os acionistas privados. Isso é feito com reajuste da tarifa acima da inflação. O crescimento foi de 26,84%, entre 2017 e 2021. Com isso, a Copel distribuiu R$ 2,52 bilhões de lucro em 2020. Aumento de 292,85% no primeiro ano da pandemia de Covid-19.

Para o Senge-PR, é inadmissível que em um momento de tantos sacrifícios para a população paranaense e brasileira, o presidente da Copel, Daniel Slaviero Pimentel, receba um bônus de R$ 427 mil como resultado dessa política que encarece a vida de todos.

A Copel precisa ter responsabilidade social. Ser estratégica para o desenvolvimento do Paraná. Mas o que vemos é uma empresa que lamenta, em documento protocolado na Bolsa de Valores, que é papel do “Estado do Paraná de pode usar sua condição de acionista controlador para promover suas políticas públicas ou objetivos sociais e não necessariamente para atender ao objetivo de melhorar nossos negócios e/ou resultados operacionais”.

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