Paraná recebe Congresso Nacional de Sindicatos de Engenheiros pela segunda vez na história

Senge Paraná
06.SET.2017

Em setembro de 1997, Foz do Iguaçu recebia o 4º Congresso Nacional de Sindicatos de Engenheiros (Consenge), com 150 participantes. Passados 20 anos, entre esta quarta-feira (6) e sábado (9), o Paraná volta a sediar o evento, agora na capital, Curitiba. É a 11ª edição do Congresso, que dobrou de tamanho e reúne cerca de 300 pessoas.

>> Acompanhe a transmissão do Congresso ao vivo pelo facebook da Fisenge

Apesar das duas décadas que separam os dois momentos congressuais, o contexto e os temas em debate têm fortes semelhanças. Na edição da década de 1990, o tema central foi “Entregar ou construir? Reage Brasil!”, num esforço de enfrentar as políticas neoliberais e privatistas do primeiro governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Com o tema “Resistir! Em defesa da engenharia e da soberania nacional”, o 11º Congresso será espaço para definição de uma agenda comum entre os sindicatos de engenheiros, em especial para a defesa do setor público e da engenharia nacional; para a proteção social dos nossos representados e trabalhadores; e pela sustentabilidade da Fisenge e dos sindicatos, que vivem sob forte ataque por parte dos governos.

11º CONGRESSO NACIONAL DE SINDICATOS DE ENGENHEIROS

(Foto: Joka Madruga / Fisenge)

“O roteiro usado nos anos 90 para promover a privatização se repete hoje, sem qualquer pudor. Assim como ocorre agora, naquele período várias empresas públicas foram sendo desmontadas, com as contas levadas ao vermelho para que o prejuízo, mais tarde, servisse de argumento para a privatização. Hoje o contexto é outro, mas o que se repete de maneira contundente é a sanha de setores políticos e financeiros em entregar a riqueza brasileira aos interesses privados e internacionais”, analisou Carlos Bittencourt, presidente do Senge Paraná, comparando as ações dos governos FHC e Temer para a privatização de empresas públicas. Durante o congresso de 1997, Bittencourt exercia a sua primeira gestão como presidente do Senge Paraná.

Bittencourt integrou a mesa de abertura do Congresso, na noite desta quarta-feira (6), ao lado de Clovis Nascimento, presidente da Fisenge; Rasca Rodrigues, deputado estadual do Paraná; Paulo Guimarães, presidente da Mútua nacional; Regina Cruz, presidente CUT Paraná; Leandro José Grassmann, diretor financeiro do CREA Paraná, representando o presidente em exercício, Nelson Cardoso; Letícia Partala, coordenadora do Senge Jovem Paraná. A conferência de abertura foi proferida pelo senador paranaense Roberto Requião.

11º CONGRESSO NACIONAL DE SINDICATOS DE ENGENHEIROS

(Foto: Joka Madruga / Fisenge)

A composição da abertura do 4ª edição do Consenge teve a presença marcante do ex-governador e engenheiro Leonel Brizola, aguerrido defensor da soberania nacional. Ao lado dele estava João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Resistência em Curitiba

“Quero garantir a vocês que aqui não é a República de Curitiba, como alguns insistem em dizer. Essa cidade tem sido palco de inúmeras lutas e resistências”, frisou o presidente do Senge, resgatando, por exemplo, as fortes mobilizações protagonizadas pelos servidores públicos estaduais em 2015, em especial os professores, que culminaram no Massacre do dia 29 de abril e a luta contra a reforma do ensino médio, quando estudantes a ocuparem centenas de escolas na capital e em todo o estado.

O Senge Paraná participa do Consenge com 38 delegados e delegadas, além de observadores, convidados e estudantes.

 

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