Sindicatos da Copel se reúnem com Delegacia Regional do Trabalho

Na pauta, entidades questionam critérios do PDV da empresa

Sindicatos se reúnem com Superintendente Regional do Trabalho
Comunicação
24.OUT.2023

Os coletivos sindicais – CSMEC e CSEC – se reuniram com a Superintendente Regional do Trabalho, Regina Perpétua Cruz na tarde do dia 23 de outubro. Os dirigentes levaram a preocupação de o PDV da Copel não contemplar todos os funcionários que assinaram o termo de adesão ao processo. Dos mais de 3 mil inscritos, pouco mais de 1,4 mil foram contemplados. À superintendente, as entidades mostraram que a empresa se comprometeu a incluir a todos. Também comentaram o receio de assédio para quem não foi contemplado e os critérios de seleção.

A visita faz parte da estratégia de acionar mecanismos e atores que possam mediar o impasse. Em diversos momentos, os gestores da Copel deram a confirmação de que ninguém ficaria de fora. “Quem não quiser ficar nessa nova fase da companhia, vai ter abertura, qualquer um, para poder sair”, disse o presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero, durante a apresentação de  resultados do segundo trimestre de 2023.

Para os sindicalistas que ainda vão procurar o Ministério Público e entrar com ações coletivas, houve quebra de contrato e confiança entre o que foi divulgado pela empresa, dito por gestores e diretores, e o que foi efetivado pela empresa ao anunciar os beneficiados pelo PDV.

“O presidente dizia que todos poderiam sair e isso constava no acordo coletivo e foi dito após transformação em Corporação. Havia limitação de 300 milhões, mas com compromisso de ampliar o valor com critério de idade e tempo de casa. Não se limitava à quantidade de pessoas. Eles expandiram o processo para todos”, comentam os coletivos. 

No fim de agosto, complementam as entidades, após transformação em Corporação, em live da empresa, se reafirmou a possibilidade de adesão para todos, independentemente do limite financeiro, que poderia ser ampliado. A Copel ainda emitiu o termo de homologação para os 3 mil empregados, dando expectativa para todos. 

A superintendente Regina Cruz já estava ciente dos problemas com a Copel. Ainda em agosto, um ofício encaminhado a ela informava de denúncias feitas por trabalhadores da empresa. Eles estariam sendo assediados por seus superiores hierárquicos, em decorrência da venda da Copel. Ela considera o assunto grave. Como encaminhamento, os sindicatos vão encaminhar ofício a Regina Cruz que irá notificar a Copel para uma mediação e apuração dos fatos. Há ainda a possibilidade de um comunicado ao BNDESPAR, que é acionista da Copel.

Deputado e superintendente analisam minuta da Copel

Um golpe na expectativa

Presente à reunião, o deputado Arilson Chiorato (PT) relatou que a empresa mudou o acordo com os funcionários. A mudança ocorreu dentro da transformação de empresa pública em privada.

“Houve tanta insegurança que mais de 50% dos funcionários fizeram o pedido de saída. E isso gera um risco muito grande de operação da companhia. A Copel achou como saída não aderindo a quantidade de solicitações feitas, como prometida. Houve um golpe do PDV”, comentou. 

BNDES cobrará explicações da Copel

O deputado estadual Arilson Chiorato (PT) disse que o BNDES respondeu aos questionamentos dos deputados da oposição. O Banco cobrará explicações da Copel sobre o processo do PDV, via conselheiros indicados pelo BNDESPAR. Com saída excessiva de funcionários, a qualidade da prestação de serviços pode ficar prejudicada.”A BNDESPAR encaminhará questionamentos à COPEL sobre o potencial impacto operacional gerado pela adesão dos trabalhadores ao PDV e com relação à substituição de empregados por terceirizados, sempre visando o melhor interesse da Companhia e a proteção de seu investimento”, diz a resposta do documento, que completa, “entendemos necessário e oportuno o compartilhamento de tais preocupações com os Conselheiros de Administração indicados pela BNDESPAR”.

  • Atualização cadastral | O Senge-PR está mapeando os profissionais de engenharia que aderiram ao PDV da Copel e foram contemplados ou não. A atualização cadastral é necessária, principalmente para quem foi excluído deste programa, para dar entrada na ação coletiva de trabalho. Para isso, é necessário encaminhar e-mail para senge-pr@senge-pr.org.br com as seguintes informações:
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  • Endereço
  • Data de nascimento
  • Telefone 
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